Para evitar focos de ferrugem asiática os produtores planejam realizar em média 3 aplicações de fungicidas, que deve, também, elevar os custos de produção, haja vista que tradicionalmente são feitas apenas 2 aplicações no ciclo da soja.
“Outro problema que temos aqui são as noites frias, então a soja não está com um desenvolvimento normal, como ocorre em anos com noites mais quentes. Estamos com poucos os dias de sol e a luminosidade é baixa, afetando o crescimento das plantas”, explica Abich.
Segundo ele, em safras com clima regular a produtividade das lavouras da região supera os 3 mil quilos por hectare, mas nesta temporada os produtores já consideram uma queda neste rendimento, por conta do excesso de chuvas.
Preço
Diferente do que ocorre no Brasil, os preços da soja no Paraguai estão em níveis baixos, cuja cotação é balizada em dólar.
Atualmente os preços na região trabalham na casa dos US$ 280 por tonelada, refletindo a queda dos futuros da soja na Bolsa de Chicago. Com isso, os produtores irão depender do rendimento da produção para garantir renda.
“Se houver uma boa produção, com esses preços, o produtor consegue cobrir o custo em lavouras próprias e obter renda, mas não será suficiente para cumprir com os compromissos financeiros que ficaram pendentes dos anos anteriores. Mas enfim, deixa um pouco de lucro, agora em terra arrendada é outra situação”, alerta Abich.
De acordo com um estudo apresentado ao Banco Central do Paraguai, os agricultores do país acumulam uma dívida média de US$ 952 por hectare de safras anteriores. Com o levantamento, o setor pretender argumentar a necessidade de refinanciamento do débito para que seja possível continuar na atividade.
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